O texto que você vê a seguir, faz parte de uma publicação da Revista "Imagem", na sua 22ª Edição, publicação especial de Aniversário de Cosmópolis (66 anos), lançada entre Novembro e Dezembro. Esta foi, portanto, uma portunidade para que pudéssemos ampliar a divulgação dos trabalhos da Pastoral da Criança. O Texto de Juliana Mendes (jornalista da revista Imagem), uma entrevista realizada com membros da coordenação da Pastoral em nossa cidade.
Nosso blog: "pastoraldacriancadecosmopolis.blogspot.com". Acompanhe nossos trabalhos.
Linha Fina: A Pastoral atende hoje 630 crianças, esse trabalho é reconhecido pelo sistema de saúde
A Pastoral da Criança, organismo de Ação Social da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) que trabalha pela saúde, nutrição e educação da criança do ventre materno aos seis anos de vida, envolvendo necessariamente famílias e comunidades está presente em , em 4.066 municípios, entre eles Cosmópolis.
Em Cosmópolis a Pastoral foi fundada em 30 de setembro de 1987. O objetivo do trabalho é o desenvolvimento integral das crianças e familiares, sem distinção de raça, cor, profissão, sexo, credo religioso e político.
O trabalho da Pastoral é focado nas crianças carentes no combate a desnutrição e mortalidade infantil, mas nos últimos anos a obesidade também tem sido um grande problema enfrentado pelos agentes.
Os líderes da Pastoral da Criança atuam na sua própria comunidade segundo o site da Pastoral, são mais de 42.314 comunidades, eles são voluntários que uma vez por mês visitam suas comunidades e acompanham o desenvolvimento das crianças e as gestantes levando informações técnicas de forma simples e direta de fácil entendimento para as mães, além de mensagens de paz, amor e solidariedade . “Por viver na comunidade o líder conhece bem a família e as condições em que ela vive, às vezes os lideres não atuam nas suas comunidades, o que seria o ideal”, comenta a capacitadora Edneia Fierz
O líder também orienta as famílias sobre os seus direitos e deveres e contribui para prevenir a violência doméstica. Os líderes comunitários, com apoio dos demais voluntários, desenvolvem suas atividades orientados pelo Guia do Líder da Pastoral da Criança.
As ações desenvolvidas compõem um conjunto de práticas educativas simples, baratas e facilmente replicáveis, focalizadas na capacitação das famílias para os cuidados com a criança. O processo e o impacto desse trabalho pode ser mensurado pelos indicadores de saúde e de educação.
O líder deve ter em média, de 10 e 15 crianças para orientar e acompanhar, para cada comunidade existe uma ficha que o agente pastoral deve preencher. Após as visitas a Pastoral realiza a celebração da vida, uma festividade para a comunidade, onde é feito a pesagem e acompanhamento de cada criança.
“Após a celebração fazemos uma reunião e reflexão mensal, depois das anotações e fichas são encaminhada para a FABS (Folha de Acompanhamento e Avaliação Mensal das Ações Básicas de Saúde) vão para Curitiba”, explica a multiplicadora Dilma Célia Real Ushya.
A atuação da Pastoral já ajudou salvar muitas vidas, por isso o trabalho é de extrema importância e reconhecido mundialmente. Cosmópolis foi à primeira cidade da Diocese de Limeira a implantar a Pastoral da Criança. Os números do balanço do mês de outubro comprovam este trabalho, que para os líderes definem como gratificante, uma motivação de fé e satisfação.
A Pastoral da Criança em Cosmópolis começou com 2 comunidades a Sagrado Coração de Jesus e Real Center e hoje são 10 atendidas, que contam com tem 38 líderes capacitadores e 36 no apoio, eles atende 630 crianças sendo 06 casos de obesidade, 525 famílias e 28 gestantes. O trabalho da Pastoral é reconhecido pelo sistema de saúde que vê na ação um apoiador importante e uma referência.
Recuperando a História
A Pastoral nasceu da conjunção de esforços para diminuir cada vez mais a mortalidade infantil. O Cardeal de São Paulo em 1982, Dom Paulo Evaristo Arns, teve nesta época um encontro revelador com o então diretor executivo da UNICEF, James Grunt, quando ambos participavam de um encontro na Suíça, convocado pela ONU. James semeou no espírito do Cardeal a idéia que daria origem a esta entidade social.
Dom Paulo convidou sua irmã, a médica sanitarista Zilda Arns, morta no Haiti em 2010, vítima de um terremoto, quando tentava socorrer a população local, para levar adiante este objetivo, contando para isso com o suporte de Dom Geraldo Majella Agnelo, atualmente Arcebispo de Londrina. O projeto teve seu início na Paróquia de São João Batista, em 1983, na cidade de Florestópolis, no Paraná.
Esta localidade foi escolhida pela Pastoral porque nela era constatada então uma astronômica taxa de mortalidade infantil – 127 crianças em cada mil nascimentos. Um ano depois esta cifra já havia surpreendentemente diminuído para 28 crianças entre cada mil que nasciam.
Com este êxito completo, a atuação da Pastoral se disseminou para várias outras áreas do Brasil, com auxílio constante dos bispos. Hoje, uma média de 260.000 voluntários se empenham em contribuir para o crescimento qualitativo de pelo menos 1,8 milhões de crianças na faixa de 0 a seis anos; cerca de 94 mil mulheres grávidas integrantes de 42 mil grupos de famílias carentes, em cerca de 4.066 cidades por todo o país.
De 2008 para cá a Pastoral começou a ser liderada pela Irmã Vera Lúcia Altoé, em substituição à Dra. Zilda Arns Neumann. A jornada desta entidade continua a colecionar histórias de vida, impregnadas de amor, solidariedade, esperança e amor, de pessoas sempre dispostas a vencer desafios e transcender dificuldades.
Olho fino: Pastoral recebeu diploma de homenagem na Câmara de Vereadores pelo trabalho que realizam na cidade.
Fonte: Texto publicado pela Revista Imagem. Escrito por Juliana Mendes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário